É isso que falta a grande parte dos adolescentes hoje em dia.
Principalmente às meninas. Vestem-se de igual, têm penteados iguais, telemóveis iguais, falam e agem da mesma maneira.
Já desconfiava, ao ver a minha irmã e as amigas, mas hoje tive a confirmação. Não são todas, graças a Deus, mas grande maioria.
No mesmo sítio onde fomos jantar hoje, estava um grupo de dez ou doze adolescentes. Entre os 14 e os 16 anos. As meninas, todas de cabelo comprido, solto, e penteado com as mãos, faço-me entender? Tops parecidos, calças iguais, casacos iguais, e malas todas, mas todas do mesmo tipo.
Uma das raparigas fazia anos, e metade deviam ser os colegas da escola, a outra metade seriam colegas de outro sítio qualquer. Nem toda a gente se conhecia.
A menina aniversariante, que pelos gritinhos dos amigos tem um nome começado por V, será V.
Bom, quando fui aos lavabos a V. e uma das amiguinhas, que estavam à espera que a casa-de-banho ficasse livre, estavam a falar de uma M. A M. é uma galdéria, uma desbocada, uma isto, uma aquilo. Lá fui eu, descansadinha por não ser eu! Comentei com o Z., meu companheiro de lugar e de opinião.
A meio do jantar, foi a vez do Z. ir à casa-de-banho. Quando veio, e porque eu lhe disse o que tinha ouvido, ele partilhou o que ele tinha ouvido. A menina V., aniversariante, mais a amiguinha M. – deu para perceber quem é quem, porque eles fizeram o favor de gritar, um-a-um o nome de cada uma dos jovens presentes. E M. só havia uma. – a dizer mal da amiguinha D.
E este mal-dizer deve ter acontecido a cada vez que a menina V. foi à casa-de-banho. E não foram poucas as vezes. Não porque tivesse vontadinha – impossível, a não ser que fosse incontinente – mas porque parece que aquela vontade de falar nas costas era mais forte.
Cá no meu tempo – quando tinha a idade delas – só convidada as pessoas que eu gostava, e não ia para a casa-de-banho falar mal deles.
Minhas queridas, se por ventura lerem este post, tenham cuidado. Ainda são novinhas, mas é nesta altura que começamos a perceber quem queremos ou não na nossa vida. É nessa altura que algumas pessoas nos podem tirar das suas vidas – mesmo que nós não queiramos – porque fizemos algo que não devíamos.
Pelos vistos tenho
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